Tags
ciência, elétron, energia, física, filosofia, Heisenberg, matéria, maya, mecânica, metafísica, movimento, mundo manifestado, observador, onda, partícula, percepção, probabilidade, quântica, realidade
Quando um elétron (ou qualquer outra partícula) é observado, ele se apresenta com propriedades físicas bem definidas: localiza-se em um ponto preciso do espaço, em um momento determinado, e seus atributos podem ser medidos (dentro de certos limites estabelecidos pelo princípio da incerteza de Heisenberg).
Antes da medição ser feita, porém, essas propriedades e atributos não existem. O que existe é apenas a probabilidade de que o elétron apresente tais e tais características, bem como outras características opostas. Isto é, o elétron tanto pode estar no ponto x quanto no ponto y ou no ponto z, e assim por diante, para cada um de seus atributos (velocidade, momento angular, spin, etc.).
Antes de medirmos os elétrons, todos esses atributos encontram-se entrelaçados, e é esse entrelaçamento que produz as ondas de probabilidade. Os físicos denominam isso de função de onda ou superposição coerente porque, nesse estado, todas as probabilidades do elétron se superpõem umas às outras. Durante o ato da medição o entrelaçamento se desfaz e, dentre todos os conjuntos de atributos possíveis ao elétron, apenas um torna-se “real”.
Esse momento em que a superposição de ondas se desfaz é o chamado colapso da função de onda. Enquanto o elétron não for medido, ele não tem nenhuma característica concreta. É a medição que cria as características do elétron e, assim, num certo sentido, é a minha observação que cria o elétron. Em outras palavras, a realidade que eu percebo é criada pela minha percepção.